De dose em dose: Uma defesa da rejeição das vacinas contra o Covid-19

Por Padre Stephen McKenna


De dose em dose: Uma defesa da rejeição das vacinas contra o Covid-19 por Padre Stephen McKenna

Quando eu estava prestes a escrever este artigo, em meio a uma pilha de livros, artigos, e documentos papais na mesa do Rev. P. Cekada, uma paroquiana, diretora funeral, me ligou com uma pergunta. Ela me contou que estava retornando após buscar um cadáver - algo perfeitamente normal para um agente funerário - a uma certa distância. Ela me disse “Padre, o que vem acontecendo estes dias é uma loucura. Normalmente, eu teria o auxílio de uma agência funerária local para buscar o corpo, dada a distância, porém todos os meus colegas me disseram que suas instalações estavam lotadas e que não poderiam me ajudar”. Ela prosseguiu explicando que a maioria das agências funerárias estavam reportando ter a mesma sorte de problema, isto é, o número de mortes estava sendo anormalmente alto, nos últimos tempos, e muitas mortes tinham causas suspeitas ou doenças. Ela me informou que muitas empresas da área funerária haviam notado esse aumento anormal de mortes e que um fator comum nessas mortes era que os defuntos haviam recebido a dita vacina [1] para Covid-19. A maioria dos diretores funerários, ela continuou a explicar, estão tão alarmados que eles mesmos estão recusando tomar a injeção e alertando seus entes queridos para que também não à tomem. Até alguns, que receberam a injeção, agora vocalmente se arrependem de o terem feito por causa do que viram.

Uma anedota? Sim, e isto apesar de declarações recentes feitas por Mons. Sanborn onde ele nos aconselha a rejeitarmos “evidência anedótica” - uma de suas sete regras arbitrárias - como inconsequentes. Verdade, anedotas não são argumentos. Porém elas são experiências do mundo real de pessoas reais. Tais observações muitas vezes têm um papel vital em nossas tomadas de decisão. Elas muitas vezes são o que leva alguém a começar pesquisas sinceras. Pessoas demais observaram em primeira mão os efeitos devastadores das vacinas que vêm sendo forçadas sobre nós. Porém seu testemunho é “fact checked” versus o dogma do mainstream, censurado e banido pela mídia e pelos poderes constituídos.

Durante os últimos vinte meses, eu tenho me encontrado tendo que pesquisar áreas da ciência e da medicina das quais normalmente eu não teria que me ocupar como sacerdote. Desde o advento do SARS-CoV-2 [2], entretanto, meus colegas sacerdotes e eu temos sido procurados pelo laicato e até por outros clérigos para orientações sobre todos esses assuntos conflituosos. Coisas graves estão na balança, a perda de um trabalho, a alienação de um familiar, possíveis doenças sérias ou lesões para si ou para a família. Eu pessoalmente sou fortunado de ter contatos com aqueles que são peritos nos campos da ciência e da medicina em cuja perícia eu tenho me apoiado bastante neste último ano e meio. Um sacerdote não é ordenado para praticar medicina, porém nos dias de hoje muitos procedimentos médicos violam princípios morais e regularmente consultamos peritos a fim de guiar inteligentemente e com propriedade aqueles em nossa cura. Tendo consultado tais peritos e pesquisado os princípios pertinentes da moral católica, não posso ver como qualquer católico de boa fé possa receber a dita vacina para a Covid-19 e suas variações infinitas. Esta é a conclusão que foi questionada recentemente por Sua Excelência, bispo Donal Sanborn, e que eu agora tentarei defender.

Nós não somos peritos em tais campos; destarte, não podemos falar sobre eles.

Certamente entendo minhas limitações nestas matérias. Mas aqueles dos quais eu tenho buscado conselhos e opiniões doutas são peritos nos campos da ciência e medicina, e eles têm me explicado a ciência, me desviado da desinformação, e esclarecido qualquer confusão que eu possa ter encontrado durante o caminho. Eu tenho sido especialmente assistido por um paroquiano que tem um doutorado em biologia molecular e bioquímica, que trabalhou para o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) e que, desde então, tem dedicado todo o seu trabalho ao Coronavírus, seus tratamentos, e suas supostas vacinas. Então, por mais que eu não seja um perito, estes aos quais eu consultei certamente o são. Além disso, só porque alguém não é “perito” em um campo, não quer dizer que deva se manter para sempre em silêncio. Mons. Sanborn, ele mesmo, ilustra isto ao continuar a falar publicamente mesmo após se declarar como não sendo um perito, tanto em um vídeo público e em artigos... Chegando ao ponto de declarar conclusões morais e científicas.

Não é da competência do clero fazer declarações morais sobre pecado. Somente o papa pode fazê-lo.

Esta é realmente uma declaração insincera e errônea. É claro, nós podemos tomar e tomamos decisões morais. Todos os homens as fazem. O que é necessário para um pecado mortal? “Para se cometer um pecado mortal, estas 3 coisas são necessárias: 1. Matéria grave, 2. Reflexão suficiente, 3. Pleno consentimento da vontade” [3] [4] [5]. Ademais, sacerdotes, treinados em teologia moral, são confiados com as almas que os procuram para orientação moral e sussurram a eles no sacramento da penitência. É por tal razão que tal ênfase é posta no estudo de teologia moral no seminário. É a razão pela qual todos os sacerdotes dirão que acessar material indecente na internet é pecado mortal, apesar de não haver declarações da Santa Sé sobre o uso da internet. É o porquê de nós podermos dizer que o extremo risco envolvido em base jumping, voo com traje planador, parkour sobre parapeitos de prédios, e afins são mortalmente pecaminosos devido ao seu risco em relação à vida e à saúde, apesar que tais atividades não existiam na década de 1950. É a razão de podermos dizer, objetivamente, que a frequência à Missa Una Cum é mortalmente pecaminosa, mesmo não havendo uma declaração de Roma sobre sacramentos oferecidos em comunhão com um falso pretendente ao papado. Padres regularmente informam os paroquianos que certas coisas são pecaminosas, mesmo quando não há declarações prévias. Eles aplicam princípios morais e fazem julgamentos prudentes. De fato, tais declarações não são tão autoritativas que não se possa potencialmente levantar objeções contra elas; pois tal é o tipo de julgamento autoritativo que nós não possuímos. Porém, fazer tais declarações para informar as almas, tanto individualmente ou àquelas que foram confiadas à nossa cura, são as declarações que regularmente fazemos e que as pessoas esperam que façamos. Dito tudo isso nós agora consideraremos as razões por detrás da conclusão a cerca da dita vacinação da Covid-19.

Sérios riscos

Há sérios riscos envolvidos com a vacinação? Sim. Ninguém pode dizer que a Covid-19 não foi responsável por um certo número de mortes ou que ninguém tenha ficado doente daquela cepa de gripe. Isto seria contrário à evidência. Mas estatisticamente, teria sido o risco da Covid-19 tão esmagador a ponto de merecer um desligamento global e todos os efeitos devastadores que ele teve, e que continua a ter, nas economias nacionais e vidas individuais? Na data desse artigo, o CDC lista mais de 770.000 mortes de Covid-19 nos Estados Unidos desde o começo da pandemia [6]. Um grande número, sem dúvida, mas apenas 0.23% da população americana (329.5 milhões). A média então, num período de quase dois anos é de duas a cada mil pessoas.

O que a estatística não explica, entretanto, é que o CDC mudou os parâmetros ao declarar a Covid-19 como causa de morte de todos aqueles que morreram durante essa “pandemia.” Nas pandemias de gripa anteriores, as mortes eram registradas apenas se a pessoa faleceu de gripe como única causa. No caso da Covid-19, isto foi mudado para incluir todos aqueles que morreram enquanto testavam positivo para a Covid-19 ou estavam sob suspeita de ter Covid-19 na altura de sua morte [7]. Isto é a razão de abundarem histórias (novamente anedotas) de vítimas de acidentes de motocicletas morrendo de Coronavírus [8]. Nos últimos dois anos, vários de nossos paroquianos faleceram, tendo padecido de várias condições médicas sérias. Não obstante, eles foram listados oficialmente como tendo sucumbido à Covid-19, para o espanto de seus familiares.

Após um número de meses, o CDC verificou qual seria o verdadeiro número de mortes causadas pela Covid-19 se os parâmetros antigos para a gripe fossem aplicados, e eles concluíram que o número seria 6% das mortes registradas. Ao invés disso, o número médio de comorbidades, por exemplo causas alternativas potenciais de morte, para pessoas que morreram foi de 2.6 por pessoa [9]. Esta estatística foi rapidamente removida de seus sites e a mídia a tentou desmentir, porém foi de fato sua verdadeira descoberta. Então, isto significa que das 770 mil mortes até agora, apenas 46.200 tiveram por sua única causa a Covid-19, ou 0.01% da população americana, ou uma em cada 10 mil pessoas. Agora, alguém poderia argumentar que, mesmo se a Covid-19 não fosse a única causa da morte, algumas dessas pessoas não teriam morrido sem contrair a doença. Isto, porém, valeria apenas para uma porção pequena do total e é suficiente que este artigo aponte que o risco da Covid-19 não é nem de longe a “praga” como foi dito ser. O artigo também aponta que o indivíduo saudável médio tem pouquíssimo risco de vida em relação ao vírus. (Como um ponto de comparação, na temporada de gripe de 2017, o número total de mortes reportada nos Estados Unidos de pessoas que morreram de Influenza como única causa foi de 52 mil) [10].

Em comparação, a altura da escrita desse artigo, VAERS (Sistema de Registro de Efeitos Adversos das Vacinas), que é o órgão oficial do governo usado pelo CDC, reportou 8.664 mortes causadas pelas novas vacinações da Covid-19 e 654.412 casos de efeitos adversos, dos quais 122.410 foram severos o suficiente para serem emergências hospitalares [11]. O número reportado de mortes e efeitos adversos das vacinas de Covid-19 excede o número de efeitos adversos de todas as demais vacinas reportados nos últimos 30 anos pelo VAERS... combinados. Por comparação, na história, em 1976 uma vacina foi fabricada e distribuída para combater uma epidemia de H1N1, a gripe suína. Tal vacina foi retirada do mercado por ser muito arriscada após mais de 55 milhões de pessoas a terem recebido porque 32 pessoas morreram e 500 contraíram síndrome de Guillain-Barre [12] [13].

VAERS, entretanto, sempre foi tido como indicador de risco, e não um registro compreensivo de eventos relacionados à vacina. Um estudo feito pelo CDC de 2007 e fim de 2010 descobriu que menos de 1% de todos os efeitos adversos foi de fato reportado ao VAERS [14]. Vários estudos foram feitos pelos quais podemos medir mais precisamente o número de reações adversas à vacina. Um de tais estudos utiliza os dados registrados nos testes de segurança dos produtos da Pfizer, BioNTech e indica que o número de eventos adversos reportados ao VAERS deve ser multiplicado por trinta e um (268.584 mortes) [15] [16]. Outro estudo utiliza 7 métodos diferentes para estimar mortes relacionadas à vacina nos Estados Unidos, baseado naquelas reportadas até primeiro de novembro de 2021 (7.149) e descobriu que se aproximaram dos números indicados pela pesquisa da Pfizer [17].

Tudo isso quer dizer, que enquanto o número exato de mortos de Covid-19, mortes de vacina, e efeitos adversos severos da vacina, como derrames, coágulos, síndrome de Guillain-Barre, miocardite, etc., podem ser debatidos, está claro que o risco é muito mais alto que algum número facilmente dispensado sobre a conclusão de que “todas as drogas possuem riscos em potencial”. Usando meramente as estatísticas do VAERS, ajustando os números de acordo com a sugestão do estudo da Pfizer, podemos ver que o risco de morte é de cerca de 3 a cada 2 mil pessoas que receberam a vacina. Para o propósito de perspectiva, o risco de morrer num acidente de paraquedismo é de cerca de um em cem mil [18]. Está certo, você tem 140 vezes mais chances de morrer ao receber a vacina da Covid-19 do que pulando de um avião... e já seria um crime forçar alguém a pular.

E tudo o que falamos acima não leva em conta as possibilidades reais de futuros problemas de saúde ou mortes causadas por efeitos a longo prazo. O que me leva ao meu próximo ponto.

As injeções da Covid-19 são de natureza de fato experimental?

Sim, elas certamente devem ser consideradas experimentais, e isto é de fato uma distinção muito importante a ser feita na teologia moral. A teologia moral católica define um tratamento experimental como “experimentais são as cirurgias, injeções, ministração de medicamentos, e certas comidas cujos efeitos são desconhecidos” [19].

Apesar da Pfizer ter recebido a aprovação da FDA (Administração de Alimentos e Drogas), esta distinção de tratamento experimental é uma que pode ser, e nas circunstâncias política e monetariamente carregadas de hoje, deve ser feita pelo moralista. Uma vez mais, não é prova definitiva de transgressão, mas quando vemos que o corrente corpo governamental responsável pela supervisão da indústria farmacêutica (a FDA) recebe a maioria de seu financiamento da própria indústria farmacêutica, onde duas das três companhias farmacêuticas produzindo atualmente vacinas da Covid-19, (Pfizer e Moderna), possuem executivos que são antigos cabeças da mesma FDA, e onde cada inscrição individual de um novo produto farmacêutico é avaliada e aprovada depois que a FDA recebe uma “taxa de uso” adicional da companhia farmacêutica (suborno), nós temos direito de questionar o altruísmo de suas aprovações. Precisamos pelo menos reconhecê-lo pelo que é... um potencial conflito de interesses [20]. Mas graças a Deus, como católicos, nós temos uma definição do que significa ser experimental.

E experimentais eles certamente são. Há absolutamente zero estudos acerca de potenciais efeitos a longo prazo advindos destas injeções. A necessidade de pesquisar potenciais efeitos de longo prazo é precisamente a razão de testes clínicos de vacinas durarem tipicamente 10-15 anos antes do lançamento ao público, e o mais curto estudo clínico de uma vacina foi de cinco anos antes de seu lançamento. Isto sempre deve ser feito antes de lançar um tratamento médico destinado a humanos. Mas o estudo de efeitos de longo prazo ainda não começou, e a Pfizer está dizendo que planeja iniciar estudo de longo prazo em Toledo, Brasil, e mesmo este durará apenas um ano, após todos serem vacinados. Ademais, desde então eles estão planejando vacinar a população inteira da cidade, não há explicação de como eles possam comparar os resultados em relação a um grupo de controle [21]. Entretanto, grupos de controle parecem não ser mais importantes, como aqueles aos quais inicialmente foi dado placebo no teste da vacina e que então receberam a vacina verdadeira, de modo a comprometer quaisquer descobertas científicas que lhes poderiam ter tido com os muitos limitados testes anteriores ao lançamento [22]. Então, até seus estudos a curto prazo foram contaminados.

Além de tudo isso, a pressa em lançar no mercado foi tão grande que até as companhias farmacêuticas tomaram atalhos no estágio de testes de modos que só podem ser descritos como aterrorizantes, senão absolutamente irresponsáveis. Por exemplo, o procedimento correto requer que sejam feitos testes em animais antes de se conduzir testes em humanos. Isto não foi feito. Em vez disso, ambos os testes foram conduzidos simultaneamente, sendo os testes em animais muito limitados em duração e escopo, uma vez que a experimentação em humanos já havia começado [23].

Outro exemplo é que as mesmas empresas omitiram testes necessários para descobrir onde as proteínas spike de fato se alojam no corpo após a injeção, não apenas as impedindo de ter todos os dados a curto prazo de como essas proteínas afetam outros órgãos, mas também potencialmente impedindo um entendimento precoce acerca de quais efeitos a longo prazo poderiam ser esperados. Um documento da Pfizer obtido sob o ato de liberdade de informação mostrou que eles fizeram testes do sistema de distribuição inicial, usando a proteína luminescente, conhecida como “Luciferase”; entretanto, eles nunca testaram de fato com as verdadeiras proteínas spike, como reza o procedimento padrão [24].

Adicionalmente, devido aos incentivos altamente politizados e monetizados para um lançamento rápido, perguntas importantes levantadas por peritos médicos jamais foram respondidas. Dr. Robert Malone, MD, um dos principais imunologistas e virologistas do mundo, antigo pesquisador do famoso Instituto Salk de Estudos Biológicos, e verdadeiro inventor da tecnologia do mRNA, advertiu que ele acredita que a proteína spike artificial era “citotóxica” (tóxica a nível celular) e que o sistema era de uso perigoso na vacina. Como foi dito em um vídeo de entrevista que agora está amplamente censurado e banido, com o biologista Dr. Brad Weinstein, foi levantado um número de preocupações para a FDA e o CDC, que nunca obtiveram respostas [25].

Ele é meramente um dos muitos contra os quais atentados foram feitos para silenciar, ostracizar ou marginalizar. Em todo o país, médicos, enfermeiras, peritos médicos, e cientistas estão defronte a uma real ameaça de perder os seus empregos e até as suas licenças se eles vociferarem e questionarem a narrativa oficial. Não é de se espantar que tão poucos falam e que boa informação é tão difícil de encontrar, quando o mero questionamento acerca da segurança de algo é imediatamente censurado de um modo tão Orwelliano. Isto, no mínimo, nos ajuda a entender que com tantas perguntas não respondidas sobre os reais riscos de saúde, é necessário que as vacinas ainda sejam tratadas como um “produto experimental”.

Por que entender a natureza experimental das vacinas da Covid-19 é importante?

Creio que a evidência do risco, não apenas a ávida, mas também de severos colaterais causados pela vacina, é suficiente para proibir os católicos de a receberem, especialmente quando entendemos que elas também não são eficazes em combater a infecção do SARS-CoV-2, criando um cenário de “risco sem recompensa”. Apesar disto, quando vemos que estas novas vacinas também são tratamentos experimentais, se torna inevitável a conclusão definitiva que o recebimento da vacina é pecaminoso.

O ensinamento da Igreja sobre tratamentos médicos experimentais

Mon. Sanborn inclui, o fim de seu artigo, The Vaccine, um trecho do livro do R.P. Charles McFadden, O.S.A., Ph.D., Medical Ethics. O trecho é uma seção intitulada “Experimentação nos doentes”, e apresenta os princípios que governam a habilidade de uma pessoa doente de participar em um experimento médico. A conclusão é “1) se algum benefício pode resultar ao paciente da experimentação, ele pode se submeter a ela, desde que a probabilidade de um mal resultado seja igualmente o mais remoto, 2) se o alívio ou cura de uma condição séria possa resultar de uma certa experimentação (tendo medicamentos inofensivos disponíveis e estabelecidos, falhado em lograr qualquer melhora), o paciente pode se submeter a ela, desde que não haja razão para crer que o procedimento possa ter efeitos mais gravosos que a condição que o aflige, 3) porém, se o risco envolvido em um experimento é tão grande que gravemente arrisca a vida do paciente, a única justificação para permiti-lo seria que todos os remédios disponíveis e menos perigosos tenham falhado e que a salvação de sua vida dependa do sucesso desse procedimento. Se os requerimentos acima forem satisfeitos, a experimentação em si mesma é moralmente permissível, mas o livre consentimento do paciente deve ser dado bem como prova de seu conhecimento da natureza e riscos envolvidos, antes que se proceda a ação médica” [26].

Mon. Sanborn provê essa informação como apoio para a sua afirmação de que uma pessoa pode receber tratamentos experimentais. Entretanto, em provê-lo, ele falha em especificar que isto não se aplicaria às correntes inoculações em questão para a Covid-19. De fato, na verdade, apoia a sua proibição.

Primeiramente, isto claramente demonstra a necessidade de um equilíbrio entre risco e recompensa. O primeiro ponto declara que se pode haver um benefício, “o paciente pode submeter a isso, dado que a probabilidade de um mal resultante seja igualmente ou mais remota.” O segundo ponto permite receber tal tratamento havendo um risco maior de mal, somente se “alívio ou cura de uma condição gravosa possa resultar” e somente quando “todos os remédios inofensivos e estabelecidos falharam em lograr qualquer bem.” E o terceiro ponto indica que se o risco é grande o suficiente para arriscar a vida, o tratamento só pode ser administrado quando todos os outros remédios falharam “e a salvação da vida depende do sucesso do experimento” [27]. Com toda a informação que foi provida acima sobre qual é o verdadeiro risco da vacina, e que o risco à saúde ou à vida causado pela doença Covid-19 é bem remoto e pequeno, e que nós agora sabemos que essas inoculações não garantem nem mesmo a imunidade, nem a prevenção do contágio, ou a eliminação da doença ou da morte, nos encontramos precisamente com a conclusão que temos um tratamento experimental, no qual há alto risco à saúde ou à vida, para uma doença que possui baixo risco ao indivíduo, de modo que a cooperação com o experimento seja imoral.

Secundariamente, McFadden expressamente declara que se o risco potencial do experimento é moderado ou alto, todos os outros remédios potencialmente seguros devem ser primeiros exauridos. Existem vários desses remédios em potencial que poderiam facilmente ser disponibilizados, porém, em razão de agendas política, se dificulta a possibilidade de testá-los.

A Hidroxicloroquina e a Ivermectina são apenas dois dos tratamentos dos quais houve grande volume de pesquisas e evidências de sucesso no mundo real de uso terapêutico em pacientes de Covid-19. Não irei expor todos os dados aqui, mas você pode encontrar alguns desses estudos nas notas de rodapé para leituras adicionais, se você quiser [28] [29]. É suficiente dizer que a hidroxicloroquina já está no mercado há décadas e foi largamente distribuída com risco extremamente baixo de efeitos colaterais a pessoas viajando ou vivendo em áreas com malária, e a Ivermectina é um fármaco tão bem sucedido que mereceu um prêmio Nobel. Parte da demonização corrente de tais tratamentos e a recusa do governo em permitir testes adicionais com ele contra a Covid-19 se deve ao fato de que as formas genéricas são facilmente disponíveis por um custo baixo. Ademais, o desenvolvimento das vacinas de Covid-19 se deu contra a lei dos EUA, uma vez já demonstrado que terapêuticos eficazes já estavam disponíveis. Independentemente do raciocínio, o fato que tais tratamentos existem, têm pequeno ou nenhum risco, e já se mostraram eficazes, tornaria necessário o seu uso anteriormente a qualquer experimento.

Em terceiro lugar, há o que Sua Excelência falha em demonstrar em sua explicação acerca de terapias experimentais. A parte do texto que o Mon. Sanborn fornece explica as regras de participação em tratamentos experimentais nos doentes. Se ele houvesse continuado um pouco a leitura do mesmo livro... na próxima página, de fato... ele teria descoberto que o pare McFadden lida com a matéria com uma seção chamada “Experimentação nos incuráveis” e então “Experimentação nos saudáveis.” Ele explica acerca de ambos os cenários “Nem com seu consentimento podem eles ser sujeitados a qualquer forma de experimentação na qual evidência presente, mas incompleta, indique a possibilidade de apressar ou produzir a morte” [30]. Ele então explica a razão para tanto, que é “diferente do caso da pessoa doente ordinária, o princípio da totalidade não está envolvido na experimentação nos incuráveis e nos saudáveis” [31]. Na altura em que as vacinas foram lançadas para o público, já estava claro que elas não produzem imunidade, como demonstrado acima pela remoção de “imunidade” da definição de vacina e que elas continham uma alta percentagem de risco inerente à saúde e à vida. Um verdadeiro caso de benefício mínimo a ser obtido com todo o risco para pessoas saudáveis médias. Estudos científicos mostraram essa realidade, coletados dos estudos sobre risco das próprias companhias farmacêuticas, como aqueles da Pfizer [32]. Um estudo feito sobre os números reportados estima o quociente de risco de mortes e vidas salvas pela vacina com uma razão de 6:1 em adultos de 20 anos (isto é, 6 mortes por cada vida salva). A razão é ainda mais alta para aqueles que são mais velhos, uma vez que eles são mais propensos a morrer de graves complicações da saúde [33].

Pelo fato de que já sabiam que as novas vacinas não prometiam imunidade nem impediam a infecção, eles criaram uma nova narrativa para incentivar as pessoas a receber a vacina. “Não é sobre ajudar você, é sobre ajudar a salvar outros.” Deixando de lado que a eficácia da vacina de outra pessoa não depende de eu a ter tomado também, o que é tão ilógico e não científico quanto possível; mesmo que fosse verdade, esta razão para tomar um risco pela “caridade” não é suficiente para participar em um programa de tratamento experimental. Pio XII claramente fulmina isso em sua alocução ao oitavo congresso da Associação Médica Mundial, como McFadden demonstra: “Apesar do nobilíssimo motivo de desejar ajudar ao próximo estar presente, nenhuma pessoa saudável poderá se voluntariar a submeter-se à qualquer forma de experimentação que pudesse envolver uma probabilidade de mal grave, saúde debilitada, mutilação, ou morte” [34]. A razão para isso é porque, diferentemente de como um homem possa sacrificar um membro, sobre o princípio de totalidade, para a salvação de seu ser inteiro, o homem não existe para o bem da comunidade. “A comunidade não é uma unidade física subsistindo em si mesma, e seus membros individuais não são partes integrais dela” [35]. Ao contrário, Pio XII explica que a comunidade existe para o indivíduo, e não vice-versa, como se trata “do meio pelo qual Deus e a natureza dispuseram para regular a satisfação de necessidades mútuas e para auxiliar a cada homem a desenvolver completamente sua personalidade de acordo com suas habilidades individuais e sociais” [36].

Os Mandados

Antes de encerrar, eu gostaria de tratar das opiniões do Mons. Sanborn sobre os mandados de vacina que se está vendo cair sobre a sociedade hoje. Quando ele diz que, pessoalmente, ele não pensa que o Estado deveria ter habilidade de impor mandados sobre as pessoas, ele também menciona que há precedentes históricos. Sua escola tornou obrigatória a vacina de poliomielite aos estudantes, e ele aponta que Pio VII tornou obrigatória a vacina de Varíola nos Estados Papais. Isso traça um falso paralelo que sugere que, porque foi feito anteriormente, isto pode ser feito novamente. Mas as situações não são paralelas. Aqui estão alguns pontos do porquê:

  1. Havia um verdadeiro Papa (ou no caso de sua escola católica, um bispo diocesano) que garantia que tais tratamentos não fossem imorais. Então os problemas de moralidade levantados hoje acerca das vacinas da Covid-19 não estavam presentes em relação tanto à vacina de Varíola quanto à vacina de Poliomielite;

  2. Tanto a vacina de Varíola quanto a vacina de Poliomielite tratavam doenças com o risco à vida muito maior do que a Covid-19 nas respectivas populações;

  3. Tanto a vacina de Varíola quanto a vacina de Poliomielite foram adequadamente testadas, tiveram sua eficácia e segurança provadas, e, então, não eram tratamentos experimentais.

  4. Os mandados não impuseram males desnecessários. Não estou certo sobre o que aconteceria na escola do bispo Mons. Sanborn, mas geralmente falando, exceções sempre foram permitidas em escolas dos EUA para vacinações. Sem dúvida algumas foram dadas por razões médicas ou outras razões em sua escola;

  5. Quanto à Pio VII, seu mandado não tirava do homem sua liberdade de trabalhar e prover por sua família. Ela apenas impunha uma perda potencial de alguns “subsídios, benefícios ou praemiuns”, isto é, algumas fontes adicionais de renda ou privilégios. E quando Gregório XVI reinstaurou o mandado, não havia punições anexas, mas, ao contrário, ele anexou uma recompensa financeira por receber a vacinação; [37]

  6. Enquanto Pio VII pode ter mandado uma vacina aprovada para o Vaticano, um papa subsequente, Papa Pio XII, claramente e repetidamente declarou que é absolutamente necessário que um paciente dê consentimento para qualquer tratamento médico. “O médico não pode tomar nenhuma medida nem tentar qualquer curso de ação sem o consentimento do paciente” [38]. Esta é apenas uma das muitas instâncias nas quais ele repetiu o mesmo ponto através do seu pontificado. Esta necessidade também é indicada em todos os livros católicos sobre ética médica que existem. Até para presidiários, que estão sob tutela do Estado, era proibido submeter a tratamentos médicos ou experimentos sem seu livre consentimento. “Os experimentos não seriam, evidentemente, lícitos a não ser que os homens livremente consentissem” [39].

Então, concluindo, não é por uma declaração feita por um suposto poder judiciário que nós concluímos que o católico não pode, em boa consciência, receber as vacinas de Covid-19. Nem é uma decisão baseada na minha “perícia ou prodígio científicos ou médicos”, apesar de ser uma conclusão à qual chegamos. É, porém, por um estudo cuidadoso dos dados científicos com a assistência de vários peritos de vários campos da ciência e medicina, bem como um cuidadoso estudo dos princípios morais contidos na teologia moral, na ética médica, e nos ensinamentos prévios da Igreja, e uma aplicação de tais princípios aos dados científicos disponíveis que nos leva à conclusão inevitável que a Igreja nos dá... é proibido para um católico informado receber a terapia genética experimental de Covid-19, chamada de vacina, de modo que, seria mortalmente pecaminoso. Essa conclusão não era uma meta a ser alcançada, mas uma verdade inevitável, e eu estou completamente ciente dos potenciais dificuldades e agruras que tal realidade impõe. Entretanto, moralidade não é e não pode ser determinada se um resultado seja favorável ou não. Fazemos um desserviço às almas confiadas a nós se nos intimidamos perante as realidades morais difíceis que possam impor alguma dificuldade. Não, devemos sempre ter seu eterno bem como nosso objetivo mais alto, e se isso significa alertá-los contra algo pecaminoso, é nosso dever fazê-lo.

[1] N.B. Estas tecnicamente não são vacinas. Vacinas foram definidas pelo CDC (Centro de Controle de Doenças) como “um produto que estimula o sistema imune de uma pessoa a produzir anticorpos para uma doença específica, protegendo a pessoa daquela doença.” A nova definição do CCB, após o COVID é ”um preparado que é usado para estimular a resposta imune do corpo contra doenças.” O propósito de anticorpos foi deliberadamente removido, uma vez que as novas injeções para o COVID não produzem, de fato, anticorpos. Entretanto, para simplificar, eu me referirei, às vezes, a essas novas injeções como “vacinas” sem implicar o sentido literal.

[2] SARS-CoV-2 (Síndrome Respiratória Aguda Severa, Coronavírus 2) é o nome técnico do novo Coronavírus. A doença associada com infecção por tal vírus é que é chamada de Covid-19 (doença do Coronavírus, 2019).

[3] Catecismo de Baltimore #3, P. 282

[4] Healy, R.P. Edwin F., Moral Guidance, p. 58

[5] McHugh, R.P. John A., O.P. & Charles J. Callan, O. P., Moral Theology, Livro 1, n. 169.

[6] https://covid.cdc.gov/covid-data-tracker/#datatracker-home

[7] Para evitar discussões desnecessárias, nós não comentaremos sobre a inacurácia de tais testes.

[8] https://cbs12.com/news/local/man-who-died-in-motorcycle-crash-counted-as-covid-19-death-in-floridareport

[9] https://www.wbir.com/article/news/health/coronavirus/cdc-statistic-on-covid-19-deaths-does-not-meanonly-6-percent-died-of-the-virus/51-fa6bcf24-5f2a-44fb-9b2d-5bc9e499242a

[10] https://www.cdc.gov/flu/about/burden/index.html

[11] https://openvaers.com/covid-data

[12] Rose, Dr. Jessica, PhD, MSc, & Matthew Crawford, Estimating the Number of Covid Vaccine Deaths in America, Nov. 1, 2021, p. 28

[13] https://edition.cnn.com/2009/HEALTH/04/30/swine.flu.1976/index.html

[14] Lazarus, Dr. Ross, MBBS, MPH, MMed, GDCompSci, Michael Klompas, MD, MPH, et alia, Electronic Support for Public Health-Vaccine Adverse Event Reporting System (ESP: VAERS)

[15] Rose, Dr. Jessica, PhD, MSc, Critical Appraisal of VAERS Pharmacovigilance: Is the U.S. Vaccine Adverse Events Reporting System (VAERS) a Functioning Pharmacovigilance System?, Volume 3:100-129, Oct., 2021, ps. 113-115

[16] Based on November 28, 2021 number of deaths reported on VAERS for US (8664)

[17] Op. Cit. Rose, Dr. Jessica, PhD, MSc, & Matthew Crawford, Estimating, Ps. 17-19

[18] https://adventure.howstuffworks.com/skydiving8.htm

[19] Roberti, Francesco; Dictionary of Moral Theology; Newman Press, Maryland; 1962; “Experimentation (ON MAN)” p.489 ; Internet Archive. Web. 12 de Outubro, 2021

[20] McCollough, Dr. Peter, MD, World Review, Risk of dying of Vaccines appears higher than Covid https://www.worldtribune.com/dr-mccullough-risk-of-dying-from-the-vaccine-appears-greater-than-ofdying-from-covid/

[21] https://thehill.com/policy/healthcare/576138-pfizer-planning-to-vaccinate-brazil-city-in-study

[22] https://www.npr.org/sections/health-shots/2021/02/19/969143015/long-term-studies-of-covid-19-vaccines-hurt-by-placebo-recipients-getting-immuni

[23] Broodman, Eric, Researchers rush to test coronavirus vaccine in people without knowing how well it works in animals, https://www.statnews.com/2020/03/11/researchers-rush-to-start-moderna-coronavirusvaccine-trial-without-usual-animal-testing/

[24] SARS-COV-2 mRNA Vaccine (BNT162, PF-07302048) 2.6.4: Overview of Pharmacokinetic Test

[25] https://rumble.com/vipyhd-spike-protein-is-very-dangerous.html

[26] McFadden, Charles J., O.S.A, Ph.D., Medical Ethics, Fourth Edition, pgs. 297-299

[27] Ibid.

[28] Gold, Dr. Simone, MD, JD, White Paper on Hydroxychloroquine

[29] Kory, Dr. Pierre, MD, Gianfranco Umberto Meduri, MD, et al., Review of the Emerging Evidence Demonstrating the Efficacy of Ivermectin in the Prophylaxis and Treatment of COVID-19

[30] Ibid. pg. 300

[31] Ibid. p. 301

[32] Vaccines and Related Biological Products Advisory Committee Meeting. December 10, 2020 FDA Briefing Document, Pfizer-BioNTech Covid-19 Vaccine. https://www.fda.gov/media/144245/download

[33] Kirsch, S., Cost Benefit by Age Analysis (2021)

[34] Op. Cit. McFadden, Charles J., Medical Ethics, p. 301

[35] Pius XII: Address of His Holiness Pius XII to Participants in the 8th Congress of the World Medical Association, September 30, 1954

[36] Ibid. Pius XII

[37] Wooden, Cindy, Papal Vaccine Campaign Offered Punishments, Rewards 200 Years Ago, May 10, 2021 https://www.ncronline.org/news/coronavirus/papal-vaccine-campaigns-offered-punishments-rewards-200-years-ago

[38] Pius XII: Address of His Holiness Pius XII to the First International Congress on Histopathology of the Nervous System, September 14, 1954

[39] Healy, Rev. Edwin, S.J., Medical Ethics, 1956, pgs. 261-262